A Vila de Nagé tem em Senhor do Bonfim sua devoção maior, instituída na época da sua criação, pois, naquela época a Igreja Católica estava muito ligada aos colonizadores e por isso qualquer comunidade criada tinha obrigatoriamente que ter uma devoção religiosa, maneira de manter a população obediente aos mandatários da hora.
O ponto onde está situada a Vila de Nagé, ainda hoje, é o mesmo da época da chegada dos colonizadores portugueses. O local era o porto preferido pelos índios tapuias, habitantes de Santo Antonio de Aldeia, pois, esses índios utilizavam muito o porto da vila de Nagé para se banharem e depois para suas trocas com os colonizadores que ali chegavam.
Fonte: Juraci Rebouças |
Muitos perguntam: por que Nagé é chamada de Vila morena? No nosso entendimento essa denominação é fruto da inspiração de algum poeta, mas tem sua razão de ser. A Vila de Nagé foi muito frequentava pelos índios Quiriris (que habitavam na Pedra Branca) e pelos Tapuias (que habitavam em Santo Antonio de Aldeia). Tanto uma tribo quanto outra frequentava a região onde se encontra a Vila. A chegada do colonizador português, como ocorreu em outros lugares, provocou uma mistura de raças, principalmente índias e portugueses. Daí, as belas morenas filhas de Nagé são fruto dessas uniões, o que tornou a Vila de Nagé Morena e bela pela presença da beleza feminina das suas filhas. Mas, Nagé tem muito mais. Tem rico artesanato; tem apreciável culinária; tem lendas e tem cultura, tem a devoção ao Senhor do Bonfim, tem um povo bom e hospitaleiro, sem esquecer seu filho mais ilustre: o Brigadeiro Seixas.
Abílio Ubiratan.
Professor Bibito, colunista da Bahia Recon.
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