História da Vila Morena (Nagé).

 

Os distritos de Maragogipe não têm  suas datas de criação bem definidas. São da primeira metade do sec.XVII os distritos da Sede, Nagé e Guai (antigo Capanema). Fora o distrito Sede o distrito de Nagé é o mais importante, porquanto já foi freguesia com pároco e tudo. A propósito conta-se que o Pe. Onofre de tal, tendo vindo participar da lavagem de S.Bartolomeu, comandando uma comitiva da Vila de Nagé, deu-se de entusiasmo e terminou dançando como uma das balizas, atitude que culminou com uma representação junto arcebispado. Não sabemos como terminou essa história.

A Vila de Nagé tem em Senhor do Bonfim sua devoção maior, instituída na época da sua criação, pois, naquela  época a Igreja Católica estava muito ligada aos colonizadores e por isso qualquer comunidade criada tinha obrigatoriamente que ter uma devoção  religiosa, maneira de manter  a população obediente aos mandatários da hora.

O ponto onde está situada a Vila de Nagé, ainda hoje, é o mesmo da época da chegada dos colonizadores portugueses. O local era o porto preferido pelos índios tapuias, habitantes de Santo Antonio de Aldeia, pois, esses índios utilizavam muito o porto da vila de Nagé para se banharem e depois para suas trocas com os colonizadores que ali chegavam.

Fonte: Juraci Rebouças

Muitos perguntam: por que Nagé é chamada de Vila morena? No nosso entendimento essa denominação é fruto da inspiração de algum poeta, mas tem sua razão de ser. A Vila de Nagé foi muito frequentava pelos índios Quiriris (que habitavam na Pedra Branca) e pelos Tapuias (que habitavam em Santo Antonio de Aldeia). Tanto uma tribo quanto outra frequentava a região onde se encontra a Vila. A chegada do colonizador português, como ocorreu em outros lugares, provocou uma mistura de raças, principalmente índias e portugueses. Daí, as belas morenas filhas de Nagé são fruto dessas uniões, o que tornou a Vila de Nagé Morena e bela pela presença da beleza feminina das suas filhas. Mas, Nagé tem muito mais. Tem rico artesanato; tem apreciável culinária; tem lendas e tem cultura, tem a devoção ao Senhor do Bonfim, tem um povo bom e hospitaleiro, sem esquecer seu filho mais ilustre: o Brigadeiro Seixas.

Abílio Ubiratan.

Professor Bibito, colunista da Bahia Recon.


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