Quando subiram ao palco ficou nítido que a conexão entre eles vai além do laço sanguíneo; é a coisa mais profunda do visível. Maria Bethânia com sua presença poderosa e interpretação poética, doce e incisiva, iluminou o palco com a profundidade de sua voz. A cada canção, Bethânia era um vento suave que penetrava em poro de cada corpo presente, e era revelado em todos os brilhos dos olhares sorridentes.
Ah, Caetano Veloso! Como o seu brilho solar ilumina aos de pertos e aos de longe. Com seu jeito suave e doce de cantar, atiçou sua temperatura do sol que o traduz (calor musical), e fez dos mundos o mundo linear que desejou aquela noite de sonho e de paz.
O bis desse sábado era muito pouco do que todos ali desejavam. E o repertório? Pra que estender para escrever sobre essa riqueza? é fazer deste texto um pleonasmo. Os 90% de ocupação dos hotéis, os mais de 52 mil ingressos vendidos e a volta para casa definiram tudo que esses dois ícones dos ícones deram naquela noite. As harmonias entre as vozes da Maria e Caetano confirmaram mais uma vez o que a saudosa mãe Menininha havia dito (Um é o outro). Nesse sentimento, a Capital Baiana pulsou bem acima das suas emoções. Uma verdadeira reciprocidade calorosa de todos presentes ao Estádio Fonte Nova da Bahia. Que venha o 08 de fevereiro de 2025.
Por Márcio Reis, colunista às terças-feiras.
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